Na semana passada, eu fui ver “As Tartarugas Ninja” e vou te dizer… Falta alguma coisa. Na verdade, pra começo de história, faltou um roteiro bacana. Mas vê só… que porra vai fazer sentindo num filme onde os personagens principais são 4 tartarugas com nomes de pintores renascentistas, cujo “pai” é um rato?! Holy fucking shit, né? Ok, talvez fosse possível, mas bora lá.
ATENÇÃO, AS LINHAS A SEGUIR CONTAM SPOILERS #VIDALOKA, SE VOCÊ AINDA NÃO ASSISTIU E TEM FRESCURA, NÃO LEIA O RESTO. Se você assistiu (ou não) e não se importa, WELLCOME TO HOGWARTS SCHOOL OF WITCHCRAFT AND WIZARDRY.

Certo, vamos introduzir (ôê) as tartarugas:
Ok, já que agora vocês já sabem identificar os brothers, o novo filme os transformou nessa mistura meio bizarra de Fiona (do Shrek) com algum alienígena de qualquer filme B, vamos ao que interessa…

Até aí tudo bem, vi uma galera dizer que eles deveriam parecer mais medonhos mesmo, afinal, são um produto de mutações genéticas e etc e tal. Mas, porra, se o lance era deixar a coisa mais “realista”, por que não fizeram tipo o que o ilustrador Ancorgil pensou (peguei essa dica marota do site das meninas do nerdivas que nem sabia que existia – bom achado!):

Bacana, né? Mas nem vou me prolongar na estranheza que é o 3D das tartarugas. Vou partir pro pronto mais fraco do filme: o roteiro. Aí vai a sinopse (de acordo com o Cinepop):
“Crime e medo se espalham pelas ruas enquanto o Destruidor e seu maligno Clã do Pé dominam tudo com punho de aço, da polícia aos políticos. O futuro parece incerto até que quatro irmãos marginalizados, sobreviventes de uma experiência que deu errado, surgem do esgoto e assumem seu destino como os mais novos vigilantes mascarados. Confrontados com os diabólicos planos de domínio do Destruidor, estas Tartarugas Ninja estão prestes a se unirem com a destemida repórter April O’Neil (Megan Fox) e seu operador de câmera sagaz Vern Fenwick (Will Arnett) para salvar os cidadãos de Nova York“.
O que esperar de uma gangue conhecida como Clã do Pé (heueiuhei)? Bora lá. A ideia principal do filme (que tem 2 vilões principais – Erick Sacks e o Destruidor) é liberar uma toxina na cidade e os vilões serem os únicos capazes de ter o remédio para curar a população. O remédio vem da mutação das tartarugas e pra isso é necessário drenar o sangue delas. Alguns detalhes que me incomodaram:
Detalhe nº1- Erick Sacks só descobre sobre as tartarugas lá pro final (Como ele poderia saber que daria certo usar o sangue delas pra criar o antídoto? Sem teste, sem nada? Caso não soubesse das tartarugas, como eles iriam soltar a toxina na cidade sem uma cura? Porque o plano era soltar a toxina, querendo ou não).
Detalhe nº2- Um dos desejos do Eric Sacks é se tornar extremamente rico. Tipo, o filho da puta mora em uma mansão enorme com milhares de segurança e tudo o mais e o motto dele é ser RICO. VSF.
Detalhe nº3- Atuação fraquinha de todos os humanos. Eu até gostei das tartarugas e do Mestre Splinter.
Vamos lá, quem assistiu ao desenho quando era criança e até os desenhos de hoje, está acostumados com o senso de humor das tartarugas. Principalmente Michelangelo, que parece parece ser meio demente. O filme manteve o humor e o desejo incontrolável por Pizza. Especialmente as de queijo. Pelo menos isso tá ok.
Detalhe nº4- Se você é um vilão que quer produzir um antídoto que precisa do sangue de tartarugas modificadas geneticamente e precisa, repito PRECISA, do sangue delas pra continuar a gerar o antídoto. Qual é a lógica em matá-las? Se matá-las, não vão conseguir produzir a porra do antídoto, né?
Detalhe nº5- Você precisa do sangue das tartarugas, mas deixa para trás uma delas porque, aparentemente, ela acabara de morrer. E você, QUE PRECISA DO SANGUE DELA, vai deixá-la lá. Sinceramente, quem escreveu essa porra merece o Framboesa.
Detalhe nº5- Não entendi muito bem os motivos d’O Destruidor. Talvez porque foi mal contado e nem lembro. Na real, nem parece que ele tem um motivo… vou rever quando chegar no PopCorn Time ou Netflix.
Um resumo REAL: as cenas de luta são legais. O humor é bacana. As atuações são fracas e o roteiro é MAL PLANEJADO. Não foi tão ruim quanto eu esperava (eu já sabia que não seria grande coisa, é uma sessão da tarde bacana) e saí de lá com uma pequena vontade de jogar o game do Super Nintendo.

Se eu tivesse que dar uma nota, eu daria 5,0 pra eles irem pra recuperação e poderem passar na final. Embaixo, algumas fotos do filme:




