
Parece que faz uma eternidade que não posto nada por aqui, mas tirei férias esse ano e resolvi juntar os freelas e economias pra voltar e voltar para o Sudeste dos EUA. Então fomos eu e minhas 3 tias para onde vão muitos brasileiros que querem gastar seus Temers em bugigangas que custam os olhos da cara por aqui nos tupiniquins, pra Flórida.
Dessa vez passei uma semana em Orlando e outra em Miami e pude realmente sentir a IMENSA diferença entre as duas. Cara, nem parece o mesmo país! WTF, ninguém nem fala inglês em Miami! Como é que pode?
Se quiser saber da minha primeira experiência lá, clica aqui.
Mas vamos lá, vou contar tudo o que rolou dessa vez:
A passagem aérea

Vacilamos no ponto e perdemos o voo direto, recém estreado, de Recife pra Miami e acabamos comprando um voo com 3 escalas pela decolar.com. Escutem o que digo. SÉRIO. Não façam isso nunca na vida de vocês. Se tiver 1 escala só, beleza. 2, até que vai. 3? COISA DE GENTE MALUCA. Então, obviamente, foi o que fizemos. Observem o cenário real:
Ida: Recife -> São Paulo -> Santiago -> Miami.
Volta: Miami -> Bogotá -> São Paulo -> Recife.
Pra nunca mais, meuzamigo. Especialmente se você tem medo de avião. Especialmente se depois de 17 horas de voo você vai pegar um carro e dirigir 4 horas de Miami até Orlando. Especialmente se quando você chegar em São Paulo, pra pegar a porra da conexão, você tem que fazer a meia maratona. DISTANTE PARA CARALHO. ALÔ, SÃO PAULO, VAMO ARRUMAR ESSA MERDA AÍ.

O hotel em Orlando

Na mesma decolar, ficamos no mesmo hotel que quando fui com meu irmão em 2013, o resort Legacy Vacation Club Lake Buena Vista. Foi novamente uma ótima experiência, fora que esse lugar é perto de tudo. Como tem uma cozinha pequena, eu e minhas tias comíamos nossos lanches na cozinha, sentadas no sofá ou mesinha, enquanto debatíamos os acontecimentos do dia. A estadia foi bem tranquila, porém há uma taxa diária de U$3.99 dólares, que você paga (em cartão ou cash), quando você faz o checkout. Recomendaria novamente!

O hotel em Miami

Já em Miami, alugamos o hotel pela hoteis.com e ficamos no modesto Best Western Premier Miami International Airport Hotel & Suites… e não curti muito a experiência. Talvez porque fui mal acostumada a gostar de espaços separados e bonitos, como o Legacy, talvez porque no nosso último dia lá, notamos um MOTHERFUCKING BURACO DO TAMANHO DE UMA BALA que estava sendo feito lentamente na porta, perto do trinco.
O cara do frontdesk tentou enrolar a gente, dizendo que foi alguma funcionária da limpeza que bateu sem querer na porta e arrancou o pedaço inteiro da fucking madeira, mas, NÃO FOI NÃO, JOVENS. Mais alguns dias no hotel, e tenho certeza de que todos os meus investimentos (e das minhas tias) e madrugadas freelando seriam levados por uma pessoa qualquer. Tenho certeza de que quem começou a cavar o caralho do buraco voltaria para terminar o trabalho. Quero nem voltar a pensar nisso…
A internet no quarto varia de muito ruim a inexistente. Ficamos no terceiro andar. Talvez mais perto da recepção, a coisa melhorasse… mas não tem muita coisa nesse hotel que eu curti. A não ser o pessoal do frontdesk que sempre respondia minhas dúvidas e eram muito solícitos. As camas foram confortáveis, você podia (se quisesse), alugar filmes, enfim… Acho que o lance da porta me deixou traumatizada… vamos pro próximo tópico…
O aluguel do carro

Nessa viagem também descobri porque não podemos pagar direto pela Decolar.com o carro alugado! Porque quando chegamos lá as locadoras, tem cerca de 200 mil taxas que eles colocam em cima do valor do carro e você ao invés de gastar U$150 Obamas (esperançosamente hillarys, num futuro próximo), você acaba gastando U$250, U$300 (cada um). Viajei com 3 tias e tivemos que desembolsar U$250 cada uma! O carro era uma SUV GMC Terrain (muito maneiro de dirigir, aliás), e também pegamos um GPS muito ruim, que era um celular Galaxy Note 2 modificado, chamado de Travel Tab. Não recomendo muito não!

Supostamente ele deveria vir com 60 minutos de ligações diárias e internet 4g ilimitada. O GPS foi a pior experiência de toda a viagem, nos perdemos 3 vezes em Miami (até acharmos a Turnpike, pra nos levar a Orlando – por um módico preço de U$16 dólares o pedágio), nos perdemos várias vezes em Orlando até eu decidir baixar o Waze no meu celular e usar a internet do GPS pra navegar tranquilamente pelas cidades.
Aliás, foi só por isso que pagamos U$250, senão seria bem mais. Reclamei do GPS e ganhamos desconto. Só usamos a internet do aparelho. Que, foi compartilhada entre as 4 durante todos os dias. Eu deveria ter reclamado mais, porque ninguém conseguiu fazer 1 caralho de ligação nessa merda. A única coisa que funciona perfeitamente é a internet 4G ilimitada. E você tem que deixar o aparelho sempre carregado, obviamente. Obviamente se alguém se afastar demais do GPS, lá se vai a internet… enfim, vocês entenderam.
Sim, basicamente levamos um fumo. Poderíamos ter pagado bem menos, mas está aí uma lição pra todo mundo. Vamos ficar ligados nessas taxas que eles empurram. Não aceitem, que vai sair mais barato.
Lidando com viagens em grupo

Há vantagens e desvantagens em se viajar em grupo, especialmente se esse grupo é sua família. Viajar em grupo é bacana porque você não fica sozinho, o divertimento é dividido entre todos e tudo fica mais divertido quando é compartilhado. As chances de crises de risos são muito altas e esses momentos são os que você vai guardar pro resto da vida. Aqueles momentos que sua barriga vai doer de tanto rir. Isso não tem preço. Você também não corre muito risco de ficar desamparado, caso aconteça algum problema. Tá todo mundo lá pra você e vice-versa.
Por outro lado, é complicado porque a pressão pra fazer algo (divertido) é muito grande! Cada pessoa quer fazer uma coisa diferente. Cada pessoa quer comprar um produto diferente e isso é um tanto estressante. Mas, se conversado, tudo pode ser resolvido. O lance é você administrar o tempo pra todo mundo conseguir comprar e ir pra onde quer (às vezes vai dar um problema aqui e ali), mas todo mundo pode curtir.
ORLANDO

Orlando está como me lembro. Cheia de verde. Cheia de turista nos outlets. Orlando é massa pra passear, pra sair, pra curtir e, principalmente, pra comprar! Bom de-mais. As estradas são perfeitas, não encontramos 1 buraco, tudo liso, o carro chega desliza.
Orlando é o melhor lugar pra você comprar, porque o imposto é mais barato e porque tem MUITO mais opção do que Miami. As minhas tias cismaram com a Victoria’s Secret, mas a Best Buy é, pra mim (óbvio), a melhor loja ❤️.
Tem o Wallmart Supercenter que é um mundo também… por exemplo, eu nunca tinha visto essas coquinhas gordinhas:

E, é claro, os parques. Dessa vez, como passaria só 1 semana, fui no Magic Kingdom e Universal apenas. Tinha muita gente. SÉRIO. MUITA GENTE. Achei estranho porque… Outubro é pra ter tanta gente assim? Quando fui com meu irmão, em setembro/2013, nem tinha esse povo todo. Quase não enfrentamos filas. Dessa vez foi um puta pesadelo… imagina essa doideira em Julho? Vixe, tenho pânico só de pensar. O Magic Kingdom ia fechar meia noite, então deve ter sido por isso que tinha tanta, mas tanta gente.

A Universal (os 2 parques), ainda divertem mais do que os da Disney. Mais brinquedos com adrenalina, é mais pra quem curte uma acelerada no coração. A Disney é mais criança, mais família.

Fui no Madame Tussauds e fiz aquela festa…
















Resultado, cheguei em Miami quase lisa 😀 Por fim, uma foto da vista lá de cima da roda gigante do Orlando Eye.

Miami
Enquanto Orlando é essa cidade turística, com rodovias grandes e coisas distantes. Cheia de lojas e outlets moderadamente distantes umas das outras. Onde você não vê muitas casas. Tipo, não tem gente andando na rua. Zero. Se pá, eu vi 5 pessoas na rua, nos 7 dias que fiquei lá. Tem muitos condomínios, hotéis e essas coisas… mas… Você não vê gente vagando por aí…
Já Miami é uma cidade bem viva. Não é feita de rodovias, são ruazinhas estreitas, com lugares com nomes como Little Havana, por exemplo, onde há uma pequena parte de Cuba. E nem tente falar inglês, porque não rola. Não dá pra entender o inglês dos caras, é melhor tentar desenrolar o espanhol. Miami é praia, restaurante e shopping. É o lugar pra ver gente, ver as pessoas trabalhando, vê-las no seu dia a dia.
A gente passou por uma rua linda, com aqueles casarões de gente cheia de dinheiro. TINHA UM CAMPO DE GOLFE NO MEIO DAS CASAS! Não paramos pra tirar foto, era o nosso primeiro dia lá, estávamos perdidas, inclusive, e não conseguimos voltar lá… mas cara… parecia outro mundo.

Como toda cidade grande, Miami tem muitos problemas sociais. Desigualdade social muito grande, como por aqui. O que torna a parte de Miami Beach separada do resto. A discrepância é enorme. A quantidade de pedintes e moradores de rua também. Dá pra ver porque as celebridades escolhem Miami Beach. É muito bonito, muito diferente do resto da cidade. Cheia de gente de todos os lugares e bonitas. Lojas muito legais
Puta negócio chato é o tal do parquímetro, viu. Toda rua de Miami (que não sejam estabelecimentos e shopping centers), tem parquímetros. São carinhos, chatinhos e, provavelmente, vai ter deixar noiado. Porque você vai botar umas 2h de dinheiro (6 doláres) e aí vai ficar pensando no tempo do relógio passando e você levando multa por causa do tempo que acabou. Ou talvez só eu pense nisso, sei lá. Eu sou muito noiada.
Achei que Orlando tinha mais opção, tanto de lugar pra ir, quanto de coisa pra comprar. O único shopping que verdadeiramente gastei meu dinheiro em Miami foi o Sawgrass Mills, que nem fica em Miami, fica perto, em Sunrise, de Miami pra lá, dá mais ou menos 45min – 1h.
Mas é isso, Miami é cor, gente (que não fala inglês), restaurantes com o preço mais ou menos. Passear (mesmo que de carro), pela cidade é muito legal (e lento – trânsito horroroso – mas, ei, eu sou de Recife, que posso falar de trânsito?).
Eu recomendaria a visita as duas cidades. Recomendaria também que vocês levassem menos coisas de casa na bagagem, porque quando chega lá você não usa tudo e ainda fica puto que poderia ter sobrado mais espaço pra você comprar paradas desnecessárias pra você. Tipo quando tivemos que comprar 1 outra mala pra colocar as paradas… isso também aconteceu na minha viagem anterior, mas eu custo muito a aprender com meus próprios erros.
Façam o que eu digo, não façam o que eu faço.
Até a próxima! ;*